Série Bolsa de Valores com Análise Fundamentalista 4: TR e DY

A série Análise Fundamentalista – Indicadores foi escrita com exclusividade para o blog Iniciante na Bolsa por Felipe Augusto Russo, autor do livro de análise fundamentalista Avaliando Empresas, Investindo em Ações. Na série de quatro artigos, Felipe explora o conceito e a interpretação de alguns importantes indicadores fundamentalistas utilizados na avaliação de ações.

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TR e DY

No quarto e último artigo da série, falaremos sobre os indicadores TR (Taxa de Retorno) e DY (Dividend Yield), utilizados para observar o retorno financeiro das empresas analisadas.

TR – Taxa de Retorno

O indicador TR é muito simples e amplamente utilizado no mercado financeiro. Ele é o inverso do P/L (estudado no artigo anterior). Enquanto o P/L demonstra quantos anos leva para atingir o retorno total do investimento, o indicador TR mostra o quanto se obtém em um ano.

Sua fórmula de cálculo é: (1 / PL) x 100

Para exemplificar, se uma empresa possui P/L de quatro anos, ou seja, se o investimento é totalmente recuperado em quatro anos, o indicador TR será de 25%, o que indica que em um ano 25% do investimento será recuperado.

Esse indicador é mais utilizado que o próprio P/L, pois fornece a informação em base anual, facilitando a comparação entre diferentes investimentos.

DY – Dividend Yield

O DY indica ao investidor o quanto a empresa estudada está distribuindo de dividendos aos seus acionistas.

Sua fórmula de cálculo é: (Valor Total dos Dividendos / Cotação da Ação) x 100

Nesse indicador, o valor é demonstrado em termos percentuais sobre o valor de mercado da ação. Por exemplo, se uma ação vale hoje R$ 100,00 e a empresa distribuiu no último exercício R$ 8,00 por ação em dividendos, o valor do DY será de 8%.

O indicador é ideal para efetuar comparações entre os rendimentos da empresa estudada e os rendimentos de outros investimentos, não necessariamente ações.

A tabela abaixo mostra o DY para algumas empresas com ações negociadas na BOVESPA:

dy

É importante salientar que empresas que mantém um elevado DY tem menor volatilidade em seus papéis, já que uma maior parte dos retornos ao acionista é representada pelos dividendos e não pela evolução do valor da ação.

Isso pode ser observado em empresas que estão em um estágio mais maduro de seus negócios, onde grandes investimentos e expansões não são necessários em médio prazo. São exemplos de empresas com essas características as distribuidoras de energia elétrica e as que atuam no segmento de telefonia.

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