Este artigo faz parte da série Entenda o Mercado Opções. A série é de autoria do convidado Elvis Pfützenreuter. Ele é editor do blog #d00dzFinance e autor do livro Investindo no Mercado de Opções. Ele também oferece uma calculadora de opções Black e Scholes online, que calcula toda uma série de opções de uma vez só.
Leia também:
- Entenda o Mercado de Opções 1: o que é uma opção
- Entenda o Mercado de Opções 2: Série de Opções
- Entenda o Mercado de Opções 3: exemplo de opção de compra
- Entenda o Mercado de Opções 4: exemplo de opção de venda
- Entenda o Mercado de Opções 5: lançando opções
- Entenda o Mercado de Opções 6: especulando com opções
- Entenda o Mercado de Opções 7: ganhando dinheiro com opções
O número de opções existentes no mercado não é regulamentado; ele depende apenas de haver investidores dispostos em lançar opções, e naturalmente outros investidores dispostos a comprá-las.
Por outro lado, os tipos de opções existentes no mercado são regulados pela Bolsa e/ou por alguma câmara de compensação. No Brasil, é a CBLC (Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia) que determina os tipos de opção que podem existir na BOVESPA. Normalmente, são autorizadas opções sobre as ações de maior liquidez na Bolsa.
Em se tratando de opções sobre ações da BOVESPA, seu vencimento sempre cai na terceira segunda-feira do mês, ou dia útil seguinte. Isto significa que há apenas 12 possíveis vencimentos num ano.
Para cada ação e vencimento, é costumeiramente autorizada toda uma série de opções, com diversos strikes (preços garantidos) diferentes. Por exemplo, para a ação VALE5 (Vale do Rio Doce preferencial) cujo valor atual gira em torno de R$ 35, há opções de compra com strike em 30, 32, 34, 36, 38, 40, 42 etc. Esta variedade de strikes permite que investidores com as mais diferentes visões sobre o mercado possam comprar e/ou lançar opções.
O código (ticket) de uma opção da BOVESPA é composto da seguinte forma:
AAAA + S + KK
onde AAAA é o código da ação (no caso, VALE), S identifica o vencimento e KK identifica o strike. É costume, porém não mandatório, que KK seja igual ao strike. É importante sempre checar o strike real da opção, pois pode acontecer do sufixo KK não “bater” com o strike para algumas séries, o que faria o investidor comprar ou lançar uma opção diferente do que pretendia.
O vencimento (S) é identificado da seguinte forma para opções de compra: A=Janeiro, B=Fevereiro, C=Março e assim por diante. Para opções de venda, M=Janeiro, N=Fevereiro, etc. Ou seja, o código do vencimento também identifica se a opção é de compra ou de venda.
Elvis Pfützenreuter é mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina e graduado em Ciências Contábeis pela Universidade da Região de Joinville. É pesquisador e professor na área de informática. Trabalha no desenvolvimento de sistemas financeiros desde 1993 e investe no mercado financeiro desde 1997.
Muito informativo, parabéns por tornar simples esse conhecimento.
Abraços,
Botti
Fernando,
muito obrigado pelo comentário. O mérito é do Elvis, que escreveu este artigo.
Abraços do Alessandro.